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Afinal, quem usa FoxPro no Brasil?
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06/06/2002 08:04:02
 
 
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Visual FoxPro
Catégorie:
Autre
Titre:
Afinal, quem usa FoxPro no Brasil?
Divers
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00665353
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00665353
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Pessoal,

Vocês não estão acostumados a me ver participando do forum português na UT, pois não me atenho às questões técnicas (só quando tenho algum problema, pois tem gente bem melhor do que eu para responder às dúvidas <s>). Minha preocupação é com o mercado de trabalho para o desenvolvedor FoxPro, com a evolução e disseminação da ferramenta, do apoio que a Microsoft nos dá (???), seja em divulgação, seja em apoio técnico de sua utilização.

Me preocupo, ainda, em mostrar para o pessoal do norte que o Brasil existe, tem gente aqui, não somos um bando de índios, moramos em casas, utilizamos computadores e, se eles ainda não descobriram (claro que outros setores da economia já descobriram!), somos um enorme mercado.

A situação do desenvolvedor FoxPro no Brasil, é a daquele que utiliza uma ferramenta marginal (coisa para usuário final), desconhecida ou, pior ainda, conhecida como uma alternativa "estranha" para o MS Access. As vezes é até palavrão dizer que a aplicação que fizemos foi escrita em VFP. Desculpem a crueza da forma de me expressar, mas muitos de vocês já sofreram isto e sabem o que eu estou dizendo, portanto não preciso me alongar aqui.

Eu tenho me batido que, para o VFP se disseminar no Brasil (comecei utilizando o FoxBASE+/Xenix em 1990, depois FoxPro e Visual FoxPro), temos que buscar aqueles desenvolvedores, que ainda estão sem pai nem mãe, muitos ainda utilizando Clipper, Cobol etc, e que certamente vão parar no "colo" do VB ou do Delphi.

Aí vem a pergunta: qual é o público alvo do VFP? Se desejamos disseminar o VFP temos que atingir estes desenvolvedores, é claro sem deixarmos de lado a "conversão" do pessoal do VB e Delphi, o que é muito mais difícil, pois existe toda uma discriminação "técnica" contra o FoxPro, devido à anos de descaso da MS.

Outra pergunta: qual é o perfil do típico desenvolvedor brasileiro?

Por que eu pergunto isto? Porque sempre que se fala em VFP são ressaltados os seus aspectos mais avançados como OOP, web services, XML etc etc etc. Mas a maioria da turma por aí anda desenvolvendo mesmo é aplicações para vídeo locadoras, farmácias, concessionárias de automóveis, imobiliárias, empresas de engenharia, pequenas indústrias etc, e estão longe de utilizar estas "novidades" mais avançadas. Ou não é? E o que é que importa para esta turma? O teu cliente típico tem um "baita" orçamento para gastar em informática, certo? Certo nada, ainda tem gente usando 486SX por aí, ou não tem?

O desenvolvedor típico brasileiro não sabe lhufas de C, C++, C#, Java etc, fica até com medo de dizer que não sabe o que é o tal de "dot net", tem gente com quem falo que me diz que precisa aprender a nova linguagem de programação, a tal de "XML", para não ficar para trás! Estou exagerando?

Vocês já pararam para pensar no "stress" e no custo para se manter atualizado com as "novas tendências" internacionais? Gastos com livros (que não tem no Brasil - só em inglês e mandando buscar), cursos (idem), softwares de todo tipo sabor e qualidade, e vá estudar, estudar e estudar! Pelo que eu sei o número de pessoas na nossa profissão que trabalha por diletantismo é bem pequena, a turma trabalha mesmo é para defender o leite das crianças, e não para fazer a indústria de informática ficar mais rica.

Aí é que entra o VFP: a maior vantagem desta ferramenta não é dispor de OOP, web services, XML etc, mas sim de proporcionar ao desenvolvedor uma curva rápida de aprendizado (não nas firúlas, mas naquilo que o mercado de trabalho do desenvolvedor típico está precisando) e uma grande produtividade. O que isto significa? Mais dinheiro pelo tempo gasto no desenvolvimento e na manutenção de uma aplicação.

Sabendo usar a ferramenta, para ganhar dinheiro (aqui no Brasil parece feio dizer que a gente trabalha por dinheiro, mas vamos nos atualizar gente, pois no "norte" é burrice dizer o contrario!), podemos gastar menos, muito menos, na tal "atualização tecnológica" que temos que fazer todo o santo dia (para não "ficarmos para trás") e nos dedicarmos mais a aprender e desenvolver nossas capacitações em organização de sistemas, metodologias de desenvolvimento etc, coisas que "não ficam obsoletas" de um dia para o outro ("velharias" como o Dijkstra e o Knuth, por exemplo, continuam vendendo muito bem obrigado, após trinta anos!) e técnicas de programação, como Extreme Programming, que ainda são desconhecidas para a maioria dos desenvolvedors brasileiros.

Muitos de vocês já devem ter se perguntado por que a maioria da turma brasileira não aderiu à UT. Por que vocês acham? Arrisquem umas respostas, talvez seja interessante (será que nem todo mundo tem link dedicado, não tem tempo, não se assusta em expor suas dúvidas, será que o pessoal aqui é "gente de outro planeta"?).

O que vocês acham da sugestão de fazermos um censo de nossa comunidade, sua capacitação, seu cliente alvo, seu mercado de trabalho, suas reais necessidades, suas ambições etc, e responder a pergunta "Afinal, quem usa FoxPro no Brasil?". Para que? Para podermos focar e concentrarmos, todos nós, nossos esforços em nos promover, nos aprimorar, nos ajudar e... ganhar mais dinheiro com menos, muito menos custo! Talvez possamos, depois disto, apontar "Quem pode passar a utilizar o FoxPro no Brasil".

Desculpem pela mensagem exageradamente longa, mas foi um desabafo.

Quem quiser começar mandando as pedradas, por favor, não se acanhe!

Um abraço,

Fernando

PS. Eu sou um típico desenvolvedor brasileiro <g>
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